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terça-feira, 5 de agosto de 2008

FILOSOFIA - LINHA DO TEMPO

Ao longo de sua evolução histórica, a filosofia foi sempre um campo de luta entre concepções antagônicas -- materialistas e idealistas, empiristas e racionalistas, vitalistas e especulativas.

Origem da filosofia

As culturas mais primitivas e as antigas filosofias orientais expunham suas respostas aos principais questionamentos do homem em narrativas primitivas, geralmente orais, que expressavam os mistérios sobre a origem das coisas, o destino do homem, o porquê do bem e do mal. Aristóteles, um dos fundadores da filosofia ocidental, distinguiu entre filosofia e mito dizendo ser próprio dos filósofos o dar a razão daquilo que falam.

Estabeleceu-se assim na cultura ocidental uma primeira delimitação do conceito de filosofia como explicação racional e argumentada da realidade. No entanto, não havia sido definida nesse momento a separação da filosofia e das diversas ciências. Somente a partir da baixa Idade Média e mais ainda do Renascimento, as diversas ciências se diferenciaram e a filosofia se definiu em seus atuais limites e conteúdos.

Filosofia grega

A filosofia nasceu na Grécia, no século VI a.C. e em apenas três séculos, foram propostos os grandes temas de que se ocupou o pensamento filosófico ao longo da história. Sócrates foi o nome principal e por isto as duas grandes etapas da filosofia grega denominam-se: período pré-socrático e o da maturidade (Platão e Aristóteles).

Pré-socráticos. tinham como objeto primordial a reflexão acerca da origem e da natureza do mundo físico e dos elementos que o constituem e permitem explicá-lo; em termos atuais, uma metafísica da matéria. O pensamento pré-socrático desenvolveu-se entre uma cosmologia monista e outra pluralista, entre o materialismo e o idealismo, entre a afirmação dos grandes valores transcendentes e o relativismo antropológico.

Cosmologias monistas.

O primeiro pensador, segundo Aristóteles, foi Tales de Mileto (século VI a.C). Como filósofo, estabeleceu uma explicação racional - sem apoio no mundo mitológico - sobre a origem do mundo, que disse ser formado de água.

Anaximandro e Anaximenes foram dois outros nomes importantes. O primeiro escreveu o primeiro texto filosófico conhecido "Sobre a natureza" deslocando o problema do plano físico material para o plano lógico. O segundo, voltou a um princípio material, que ele identificou no ar.

Cosmologias pluralistas.

Empédocles, nascido na Sicília no século V a.C., foi sacerdote, vidente, taumaturgo - realizador de milagres, político, médico, poeta e cientista. Estabeleceu como princípio da matéria, quatro elementos ou raízes do ser: fogo, água, ar e terra. As misturas ou separações entre esses elementos se produziriam pelo efeito de duas forças cegas, o "amor" e o "ódio".

Anaxágoras, propôs uma inteligência (nous) que teria agitado as partículas primitivas, de modo que logo chegaram a formar as atuais combinações;

Mais tarde, Demócrito defenderia a existência de átomos de igual natureza mas de diferentes formas e magnitudes, que, ao constituir diversas combinações no espaço, dariam origem aos diferentes corpos que se conhecem.

Realidade e aparências.

Parmênides (século V a.C.), fundador da escola eleática, pensava que nada pode começar a existir, nem tampouco desaparecer, porque procederia do nada ou se converteria em nada, o que não é possível porque o nada não existe. Desse modo, os filósofos eleáticos separaram, de um lado, as aparências ("opiniões") que os sentidos percebem e que se mostram contraditórias em uma análise racional e, de outro lado, a realidade que a razão oferece e que é objeto do verdadeiro conhecimento.

Heráclito de Éfeso (século VI a.C.) havia afirmado, pelo contrário, que somente existia o movimento. Tudo flui, nada fica parado "Ninguém pode banhar-se duas vezes no mesmo rio". Segundo interpretações modernas, não há contradição entre Parmênides e Heráclito, uma vez que suas respectivas doutrinas enfocam dois planos diferentes do ser: o absoluto (metafísico) e o cosmos (físico).

Metafísica do número. Pitágoras de Samos (século VI a.C.), bom conhecedor do Oriente e do Egito, fundador de um grupo ao mesmo tempo científico e religioso, introduziu na Grécia a idéia da reencarnação das almas como a transmigração por várias formas de existência. Sua principal contribuição à filosofia foi considerar os números, as relações e formas matemáticas como a essência e a estrutura de todas as coisas. Cada coisa possui um número, que expressa a "fórmula" da sua constituição íntima. De outro lado, as leis que governam o cosmos são também relações matemáticas.

Relativismo antropológico dos sofistas. Os sofistas fizeram do ato de pensar uma profissão remunerada. Seu ceticismo em gnosiologia levou-os a uma moral oportunista. Se é impossível conhecer o mundo real, o que importa são as aparências e, por conseguinte, o êxito na vida e a influência sobre os outros. Daí o valor que concederam à retórica e à oratória. A célebre máxima "o homem é a medida de todas as coisas" constitui um resumo do relativismo filosófico dos sofistas.

Grandes filósofos atenienses

Sócrates. Interessado, como os sofistas, no homem concreto, cujo saber interrogava, Sócrates pretendeu, no entanto, demonstrar as incongruências entre idéias e atos, incitar o homem a distinguir por si mesmo o justo do injusto e a agir corretamente. A probidade ética de Sócrates desagradou tanto aos conservadores quanto aos defensores da democracia, que o acusaram de impiedade e o condenaram à morte.

Platão. A teoria das idéias, uma das principais contribuições filosóficas de Platão, procurava solucionar o problema da realidade e das aparências, da unidade ou pluralidade do ser. Platão considerava que as coisas que percebemos são imagens -- sombras projetadas em nossa estreita caverna -- de realidades superiores que existem imutáveis no mundo das idéias, presididas pela idéia do bem. O filósofo argumentava que, apesar de não existirem duas figuras exatamente iguais, a matemática demonstra a existência do princípio da perfeita igualdade, que deve existir para que exista uma verdadeira ciência.

Toda a filosofia posterior continuaria a se questionar sobre a localização das essências imutáveis que fundamentam uma ciência ou uma ética, e sobre serem essas essências algo mais que uma mera probabilidade. Os primeiros filósofos cristãos situaram o mundo das idéias na mente divina, como causa exemplar (arquétipo, modelo) de toda a criação. A filosofia de Platão -- idealista, simbólica, estética -- se desliga do mundo cotidiano, o mundo das aparências, e estimula a penetrar num mundo mais profundo, que de alguma forma estaria subjacente ao mundo de cada dia e que seria estimulado por este último. Muitas das contradições que aparecem nos escritos de Platão só poderiam ser resolvidas mediante o conhecimento do ensino oral do filósofo, que o considerava a parte mais importante de seu pensamento. Mas as pesquisas que permitiriam reconstituir o conteúdo desse ensinamento oral só puderam ser realizadas no século XX.

Aristóteles. Discípulo de Platão e preceptor de Alexandre o Grande, foi o grande organizador da filosofia ocidental e muito especialmente da metafísica (estudo do ente enquanto tal) e da lógica, que, nas colocações formuladas por ele, sobreviveu sem a mínima variação até a aparição da moderna lógica formal ou matemática. O método aristotélico associa a observação minuciosa com uma sistematização racional radical. Como a filosofia depois se dividiu em empiristas e racionalistas, muito se veio a debater se Aristóteles pertencia a uma ou outra dessas correntes, porém o mais exato é dizer que ele tem uma posição intermediária: o conhecimento vem pela experiência (como pretendem os empiristas) mas só se torna válido quando está em conformidade com os princípios lógicos. A contribuição mais duradoura de Aristóteles foi a organização do sistema das ciências como totalidade orgânica e o estabelecimento dos graus de confiabilidade dos vários métodos e conhecimentos.

Últimas filosofias da antiguidade. A dissolução, em primeiro lugar, da cidade-estado e a decomposição, mais tarde, do império de Alexandre o Grande mergulharam a antiga Grécia numa época de decadência e incerteza. Aos grandes sistemas filosóficos anteriores sucederam outros de ambições mais modestas, cujo objetivo fundamental era ajudar os homens a obter tranqüilidade. Assim, enquanto a escola estóica preconizou a moderação das paixões, o epicurismo enfatizou a busca da felicidade. O ceticismo, por sua vez, negou a possibilidade de um conhecimento absoluto e sublinhou a importância dos interesses individuais.

Outra corrente filosófica do final da antiguidade foi o neoplatonismo, sobretudo com Plotino (205-270 da era cristã). De índole simbólica e mística, essa filosofia muito influenciou o cristianismo medieval, até a redescoberta da filosofia de Aristóteles.

Filosofia medieval

O cristianismo, que impulsionou a cultura ocidental durante toda a Idade Média, trouxe uma nova visão de Deus, da criação e do destino humano, na qual se destacavam temas completamente estranhos à filosofia grega, como os da imortalidade da alma individual, da autoconsciência como fundamento do conhecimento etc. Foi muito forte, nesse período, a vinculação entre filosofia e teologia.

Os primeiros padres da igreja recorreram à terminologia conceitual da filosofia neoplatônica para explicar sua própria fé. Destacou-se entre eles o pensamento de santo Agostinho, retomado pela escola franciscana.

Filosofia escolástica. Traduções e comentários dos textos aristotélicos, conhecidos em boa parte por intermédio dos pensadores árabes, como Avicena e Averroés, e judeus (Maimônides) deram na Idade Média nova orientação às escolas teológicas e despertaram novo interesse pela lógica e a metafísica. Santo Alberto Magno e santo Tomás de Aquino foram os principais artífices da adaptação da filosofia aristotélica, que se impôs após grandes dificuldades, entre elas condenações eclesiásticas.

Frente ao intelectualismo aristotélico-tomista sobreviveu na filosofia medieval outra corrente voluntarista augustiniana, cujos principais representantes foram são Boaventura, John Duns Scotus e, em uma linha mística mais neoplatônica, Mestre Eckhart e Nicolau de Cusa.

O século XIV representou a decadência da escolástica, empenhada em controvérsias cada vez mais sutis e incapaz de formular novas contribuições de interesse para a filosofia. Exceções a isso foram Guilherme de Ockham, que propôs uma distinção mais rigorosa entre teologia e filosofia, e a escolástica portuguesa, que continuou a desenvolver-se até o século XVII, mas sem exercer, por seu isolamento, qualquer influência no resto do pensamento europeu.

Do Renascimento ao idealismo alemão

Renascimento. As grandes transformações culturais, econômicas e sociais dos séculos XV e XVIdivinae litterae, "letras divinas") e sim pela literatura secular (humanae litterae), daí seu nome de "humanistas". As preocupações dos filósofos renascentistas, que seriam desenvolvidas nos séculos posteriores, giraram em torno de três grandes temas: o homem, a sociedade e a natureza.

Foram os humanistas que se encarregaram da reflexão sobre o primeiro desses temas. A nova organização do pensamento renascentista fez prevalecer Platão sobre Aristóteles, a retórica sobre a dialética medieval, os diálogos literários sobre as disputas lógicas escolásticas. Com a recuperação da literatura clássica, manifestaram-se também as influências das filosofias do último período da antiguidade, como o atomismo, o ceticismo e o estoicismo.

No pensamento social, sobressaiu a figura de Nicolau Maquiavel, que defendeu em O príncipe (1513) a aplicação da "razão de estado" sobre as normas morais. No século XVII destacaram-se no pensamento político as figuras do inglês Thomas Hobbes e do holandês Hugo Grotius. O primeiro defendeu a existência de um estado forte como condição da ordem social; Grotius apelou para a lei natural como salvaguarda contra a arbitrariedade do poder político.

Filosofia da natureza. Se os filósofos medievais haviam concebido a natureza como um todo orgânico, hierarquizado segundo uma ordem estabelecida por Deus, os renascentistas conceberam-na como uma pluralidade regida pelas leis da mecânica e presidida pela ordem matemática. Seu método consistia numa fusão da experiência com a matemática, ora enfatizando esta (Galileu), ora aquela (Bacon). A atitude científica do Renascimento se manifestou sobretudo nas obras de Nicolau Copérnico e de Galileu Galilei, e encontrou seu apogeu na figura de Isaac Newton, que publicou em 1687 sua fundamental Philosophiae naturalis, principia mathematica (Princípios matemáticos da filosofia natural).

Racionalismo. A natureza e a matemática, a observação e a especulação racionalista, unidas em princípio, acabaram separando-se em duas correntes distintas, o empirismo e o racionalismo. Ambos os sistemas filosóficos se desenvolveram fora das universidades, onde se continuou a ensinar um aristotelismo cada vez mais diluído.

O racionalismo, em cuja base se encontra a confiança na capacidade absoluta da razão para alcançar o conhecimento, serviu-se do método dedutivo para suas elaborações teóricas. Seu principal representante foi René Descartes, iniciador do subjetivismo moderno. O pensamento de Descartes, desenvolvido sobretudo em seu Discurso sobre o método (1637), fundamenta-se numa primeira evidência -- "penso, logo existo" -- a partir da qual já era possível a aquisição de novas idéias. A garantia da certeza dessas últimas se produzia quando cumpriam a condição de serem claras, distintas e não contraditórias. Importantes adeptos dessa corrente filosófica foram também Spinoza e Leibniz.

Empirismo. O empirismo, que foi em suas origens apenas um método de investigação científica, acabou por se transformar, com o tempo, em uma corrente filosófica de suma importância para o pensamento e a ciência posteriores. Seu primeiro representante foi o inglês Francis Bacon, que propôs tal método em seu Novum organum (1620), cujo título era um claro convite à renovação do organum, ou seja a metodologia lógica de Aristóteles. Bacon postulava como elementos fundamentais da investigação científica a observação, a experimentação e a indução.

Figuras fundamentais do empirismo, além de Hobbes e Newton, foram também John Locke e David Hume, que, na segunda metade do século XVII e na primeira do XVIII, estabeleceram a formulação definitiva dessa corrente filosófica.

Iluminismo. O século XVIII, conhecido como o Século das Luzes ou Iluminismo, representou o apogeu do empirismo clássico e do racionalismo. Mais do que a contribuição de novas idéias filosóficas, o que caracterizou essencialmente esse período foi a sistematização e divulgação das que haviam sido formuladas até então. A publicação da Encyclopédie (1751-1772), sob a direção do francês Denis Diderot, constitui exemplo excepcional desse empenho. Seu compatriota Voltaire, literato, historiador e filósofo, é, talvez, a personalidade que melhor representa o espírito do Século das Luzes.

No terreno da filosofia social e política destacaram-se Jean-Jacques Rousseau e o barão de Montesquieu, que defenderam a liberdade e a igualdade entre todos os cidadãos. Montesquieu propôs em L'Esprit des lois (1748; O espírito das leis) a divisão dos poderes como garantia da liberdade política. Rousseau, por sua vez, em Du contrat social (1762; O contrato social), reconheceu como depositário do poder o povo, que o cede aos governantes mediante uma delegação revogável segundo sua vontade. No campo da filosofia especulativa, o século XVIII viu nascer um pensamento materialista e ateu, cujo principal representante foi Diderot.

Idealismo alemão. Immanuel Kant, contemporâneo dos iluministas e identificado com suas idéias políticas, foi também fundador do idealismo alemão. Retratando sobre o modo pelo qual a filosofia obtém seus conhecimentos científicos universais a partir dos dados sensíveis particulares, Kant afirmou que a missão da filosofia é determinar a capacidade da razão para alcançar a verdade. Para ele, a razão aplica certas categorias -- condições a priori, isto é, anteriores -- aos fenômenos da experiência. Não se conhece, portanto, a coisa em si, mas seu "fenômeno", sua manifestação. Esse modo de conhecimento não é aplicável aos objetos da metafísica, como Deus ou a imortalidade da alma, que não podem ser conhecidos pela razão teórica, mas somente pela razão prática, que opera na ordem moral.

São também representantes destacados do idealismo alemão Johann Gottlieb von Fichte, Friedrich Wilhelm von Schelling e G. W. F. Hegel, filósofos que levaram a tal extremo o racionalismo subjetivista iniciado no Renascimento que chegaram a beirar o irracionalismo romântico. Romântica foi, efetivamente, sua aproximação da religião e seu distanciamento da ciência experimental; sua exaltação cósmica do eu e a preeminência que concederam à vontade e à moral.

Positivismo e ciências sociais

Positivismo. No tempo em que na Alemanha prevalecia o idealismo, no Reino Unido e na França a evolução do empirismo deu lugar à aparição do utilitarismo de Jeremy Bentham e de John Stuart Mill e ao positivismo de Auguste Comte. O utilitarismo, que propunha "a maior felicidade para o maior número possível de indivíduos", negou a validade dos princípios abstratos e criticou o autoritarismo. O positivismo, por sua vez, definiu a existência de três estágios de desenvolvimento na história da humanidade -- o teológico-mitológico, o metafísico e o positivo -- e considerou que, já superados os dois primeiros, cabe ao pensamento filosófico, no estágio positivo, unicamente a descrição dos fenômenos, abstendo-se de interpretá-los metafisicamente.

Marxismo. Karl Marx propôs como objeto da reflexão filosófica o estudo das relações econômicas e sociais e afirmou que a missão da filosofia, que até então tinha sido a de pensar o mundo, devia ser agora a sua transformação. Marx subverteu a dialética de Hegel, segundo a qual a história culminava no estado, garantia da liberdade do homem, e considerou a luta de classes como a força motora da história.

Novas correntes. A segunda metade do século XIX assistiu ainda ao surgimento de diversas tendências filosóficas, entre as quais sobressaíram o pragmatismo de William James; o irracionalismo de Søren Kierkegaard, que antepôs o mundo emocional ao racional; a filosofia da vontade de Schopenhauer; o vitalismo de Nietzsche, destruidor dos valores tradicionais e arauto do super-homem; e, sob o impulso da obra do naturalista Charles Darwin, o evolucionismo.

Filosofia na atualidade

A partir do começo do século XX teve início uma reflexão radical sobre a natureza da filosofia, sobre a determinação de seus métodos e objetivos. No que diz respeito ao método, destacaram-se as novas reflexões sobre a epistemologia ou ciência do conhecimento -- surgidas a partir do estudo analítico da linguagem -- e o impulso dado à filosofia da ciência. As preocupações fundamentais do pensamento filosófico foram as concernentes ao homem e sua relação com o mundo que o cerca.

Dentro da chamada filosofia analítica, o empirismo lógico do Círculo de Viena foi uma das correntes filosóficas que mais ressaltaram ser a filosofia como um método de conhecimento. Para essa corrente, o objeto da filosofia não é a proposição de um sistema universal e coerente que permita explicar o mundo, mas sim o esclarecimento da linguagem das proposições lógicas ou científicas. Ora, para que elas tenham sentido, devem ser verificáveis, de tal modo que as que não o forem -- por exemplo, proposições acerca da ética ou da religião -- carecem de qualquer interesse filosófico. Também a escola de Oxford considerou a linguagem como objeto de seu estudo, se bem que tenha concentrado sua atenção na linguagem comum, na qual quis descobrir, latentes, as várias concepções elaboradas sobre o mundo. O austríaco Ludwig Wittgenstein insistiu na importância fundamental do estudo da linguagem e afirmou que ela participa da estrutura da realidade, já que não é senão um reflexo, uma "figura", da mesma.

A fenomenologia de Edmund Husserl propôs uma análise descritiva que permitisse chegar à evidência da "própria coisa", não como existente mas como pura essência. Para o vitalismo de Henri Bergson há dois modos de conhecimento: o analítico, no campo da ciência, e a intuição, própria da filosofia e único meio de captar a profundidade do homem e do mundo.

No que diz respeito às inquietações e propostas da moderna filosofia, cumpre citar o instrumentalismo de John Dewey, que estabeleceu como orientação da filosofia e como critério da verdade a utilidade de uma idéia face às necessidades humanas e sociais; o existencialismo, que antepôs, na sua reflexão filosófica, a própria existência do homem a qualquer outra realidade; ou o estruturalismo, que postulou, no estudo de qualquer realidade, que ela devia ser considerada nas suas inter-relações com o todo de que faz parte.

Numerosos filósofos integraram em seu pensamento elementos pertencentes a escolas filosóficas diferentes. Sartre, por exemplo, foi existencialista e marxista, e os pensadores da chamada escola de Frankfurt ensaiaram uma síntese de marxismo e psicanálise.

Tanto o marxismo, que com sua pretensão de constituir um instrumento transformador da sociedade, ultrapassou a simples classificação de escola filosófica, quanto a psicanálise, que, ao contrário, somente pretendeu em princípio ser uma teoria e uma terapia psicológicas, exerceram influência poderosa no pensamento filosófico contemporâneo.

Extraído de

Vaso Chinês

Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas. Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da torrente até a casa. Enquanto aquele rachado chegava meio vazio.
Por longo tempo a coisa foi em frente assim, com a senhora que chegava em casa com somente um vaso e meio de água. Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.
Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota de ser "rachado", o vaso falou com a senhora durante o caminho: 'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa...".
A velhinha sorriu: Você reparou que lindas flores tem somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira a estrada do teu lado. E todo dia, enquanto a gente voltava, tu as regavas. Por dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.
Cada um de nós tem o próprio defeito. Mas o defeito que cada um de nós temos, é que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o que tem de bom nele. Provérbio chinês encaminhado por Bernardo Patrício

sábado, 26 de julho de 2008

Caridade

Qual o motivo de vivermos senão o de tornar o mundo menos difícil para cada um de nós?

George Eliot

Em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 35

Não é o amor deixamos de receber no passado que nos aprisiona, e sim o amor que não damos no presente.

Manianne Williamson

Em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 41

O verdadeiro heroismo é extremamente sóbrio e destituido de força dramática. Não representa o desejo de ultrapassar os outros a qualquer custo, mas o desejo de servir os outros a qualquer custo.

Arthur Ashe

Em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 41

Lazer

Deve-se, pelo menos uma vez ao dia, ouvir uma música bonita, ler um bom poema, ver um belo quadro e, se possível, falara algumas palavras razoáveis.

De Goethe, em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 274

As melhores horas da vida não são as que passamos com grandes grupos, mas aquelas em que conversamos com algumas pessoas especiais, em que lemos magníficos clássicos, ouvimos boa música, vagamos por entre as árvores seculares de uma floresta e desvendamos os segredos da natureza em um laboratório. As pessoas que mais contribuiram para a humanidade foram as que enriqueceram a mente e o coração na solidão. É medíocre a educação que não prepara o ser humano para ficar a sós consigo mesmo.

De Joel Hildebrand
, em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 274-75

Não me parece livre um homem que não se permite passar algum tempo sem fazer nada.

De Cícero, em
Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 275

Lembro-me de uma noite de novembro, há muitos anos, quando a última lâmpada se apagara e só papai estava acordado. De repente, ele saltou da cama e correu à janela. Após alguns instantes, acordou-nos.
"Para fora!", disse: "Não precisam se vestir, basta se envolverem em um cobertor."
Quando chegamos do lado de fora, vimos apenas a geada que cobria tudo de uma camada branca e uma lua gorda que semeava o chão com um milhão de diamantes.
"Escutem!", ele alertou. Nós nos calamos, aguçamos os ouvidos e olhamos para onde ele apontava. Aos poucos começamos a ouvi-los, depois os vimos. Gansos selvagens voando contra a lua. "Devem ser uns mil", disse papai.
Mais tarde, quando nos mandou de volta para o calor da cama, só falou esta frase: "Acho que valeu um minuto de arrepios de frio."
Parece-me quase trágico não termos tempo nem disposição para exercer uma paternidade desse tipo nos dias de hoje. Trágico também que, à medida que os anos passam, eles não pareçam mais conter minutos.

De H. Gordon Green em
Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 275

Renovação

Descanse. O campo que descansou dá uma boa colheita

De Ovídio

A maioria de nós, que vivemos quase automaticamente esmagados sob o poder de agendas sobrecarregadas, busca uma saída num tempo futuro. Esquecemos que com algum planejamento podemos inserir em curtos intervalos diários os elementos essenciais das férias adiadas - mudança de cenário, de ritmo, de pessoas e, sobretudo, de hábitos. As férias diárias devem ser mais do que a mera cessação do trabalho. Devem ser não apenas uma quebra da rotina ditada pelas demandas externas, mas um positivo encontro com o prazer.

De William Moulton Marston

Em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 269

Prioridades

Alguém me perguntou outro dia se, podendo viver de novo, eu mudaria alguma coisa. "Não", respondi. Mas aí comecei a pensar...
Se pudesse viver outra vez, falaria menos e escutaria mais.
Convidaria amigos para jantar, mesmo com o tapete manchado e o sofá desbotado.
Reservaria um tempo para ouvir meu avô falar de sua juventude.
Queimaria a vela cor-de-rosa esculpida como flor antes que ela se derretesse no depósito.
Eu me sentaria na grama com meus filhos e não me preocuparia com as manchas deixadas em minha roupa.
Teria chorado e rido menos vendo televisão - e mais vendo a vida.
Teria partilhado mais a responsabilidade assumida por meu marido.
Iria para a cama quando estivesse doente em vez de fingir que o mundo entraria em parafuso se eu não estivesse lá naquele dia.
Jamais compraria alguma coisa só por ser prática, imune a manchas e com prazo perpétuo de garantia.
Em vez de rejeitar o fardo de nove meses de gravidez, desfrutaria cada momento e compreenderia que a maravilha crescendo dentro de mim era minha única chance na vida de assistir a um milagre divino.
Quando meus filhos corressem impetuosamente para me beijar, eu jamais diria: "Depois. Agora vou tomar banho para o jantar"
Eu diria mais vezes "eu te amo" e "me desculpe". Mas sobretudo, se eu pudesse viver de novo, agrarria cada minuto, o olharia com a maior atenção, o viveria plenamente e jamais o devolveria.

De Erma Bombeck em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 251

Perdão

A alma humana jamais parece tão forte e nobre do que quando esquece a vingança e ousa perdoar uma ofensa.

De E. H. Chapin

Um dos prazeres mais duradouros que se pode ter é a sensação que vem quando se perdoa de fato um inimigo - quer ele saiba ou não.

De O. A. Battista

Em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 235

Magnanimidade

Eu não permitirei que alguém amesquinhe e degrade minha alma fazendo-me odiá-lo.

De Booker T. Washington em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 223

Qualquer um pode sentir raiva. É fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, para o fim certo e da maneira certa - isso náo é fác il.

De Aristóteles em
Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 227

Nada dá mais vantagem a uma pessoa sobre outra do que permanecer calma e imávida em todas as circunstâncias.

De Billy Graham em
Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 227

A verdadeira arte da conversação não consiste apenas em dizer a coisa certa no lugar certo, mas em deixar de dizer a coisa errada no momento da tentação.

De Dorothy Nevill em
Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 227

Ressentimento é como tomar veneno e esperar que o outro morra.

De Malachy McCourt em
Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 228

A maneira de transformar a mente dos outros é com afeição, não com raiva.

De Dalai Lama em
Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 228

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Pássaro solitário

São cinco as condições de um pássaro solitário: Primeiro que ele voe para o ponto mais alto; segundo, que ele não sofra por falta de companhia, nem mesmo a do seu próprio grupo; a terceira, que ele direcione seu bico para os céus; a quarta, que ele não tenha uma cor definida; e a quinta, que ele cante suavemente.

San Juan de la Cruz, Dichos de Luz y Amor
Enviada para mim por Luiz Roberto Graça

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Faça a diferença

É justamente quando as coisas vão mal que as suas habilidades podem fazer a diferença. A melhor hora para tomar atitudes que manterão as coisas fluindo a seu favor é aquela em que tudo está contra você.

A melhor solução para situações que nos desencorajam é a ação. Não fique sentado, sentindo pena de si. Faça algo! Você entra numa determinada situação mas, da mesma forma, pode sair dela e seguir em frente para uma vida de sucesso e conquistas.

Todas essas coisas acontecem quando você começa a tomar o controle do seu próprio destino. Tenha consciência de que suas ações determinam seu futuro.

Você já não suportou o suficiente com situações adversas? Comece a desvencilhar-se delas agora mesmo. Algumas das maiores conquistas são realizadas quando atitudes corajosas são tomadas em meio a situações nada encorajadoras.

O que você pode fazer ainda hoje, agora mesmo, para chegar mais longe? Vislumbre o futuro e comece a agir já.

Extraído de Diabetes Online

Controle sua vida

Suas dificuldades beneficiarão você na medida que você aceitar a
responsabilidade para superá-las. O sucesso começa quando você pára de
procurar alguém para culpar e passa a pensar numa solução. Tenha
interesse pela solução dos problemas, e não em culpar os demais.

Não pense que perdeu o controle de sua vida e não culpe o mundo por ele
ser o que ele é. Tais preocupações são improdutivas e freqüentemente
pioram a situação. Designar a culpa poderia ser útil se você conseguisse
inverter o fluxo do tempo, mas você não pode.

Agora mesmo, você pode agir ou pode esperar a vida melhorar. Mas nunca
haverá caminho a seguir que não seja de sua responsabilidade. Seus
desafios são seus. Eles podem ser os maiores bens que você possui se
você aceitá-los e trabalhar para vencê-los.

Jamais perca tempo culpando outras pessoas por suas faltas ou as
desgraças do mundo. Compreenda que o que importa na vida é aquilo que
está sob seu controle. Você pode encontrar falhas nos atos dos demais e
nos seus, mas em vez de distribuir censuras ou culpas pessoais, aja para
eliminá-las.

Extraído de Diabetes Online

A essência da coragem

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do
gato.

Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com
medo do cão, por isso o mágico o transformou em pantera. Então ele
começou a temer os caçadores.

A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e
disse:

Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem
de um camundongo. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é
imposto.

Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de
avançar, apesar do medo; caminhar para frente; e enfrentar as
adversidades, vencendo os medos...

É isto que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por
causa dos medos. Assim, jamais chegaremos aos lugares que tanto
almejamos em nossas vidas...

Muita força e coragem

Extraído de Diabetes Onoline

O que é difícil? O que é fácil?

O que é difícil? O que é fácil? É apenas uma questão de percepção e
atitude.

Seja qual for o trabalho a ser feito ou a tarefa a ser realizada,
encare-os como um compromisso com a excelência. Em geral, isso só requer
um esforço um pouco maior do que você normalmente faria.

Quando você está apenas fazendo um trabalho, este pode ser tedioso e
difícil. No entanto, quando você o faz com excelência, mesmo que o
esforço seja maior, ele não parece tão difícil.

De fato, o que com freqüência torna o trabalho difícil é a relutância em
fazê-lo.

Quando você encara seu trabalho como uma oportunidade de alcançar a
excelência, ele se torna mais do que apenas um trabalho. Seja qual for a
tarefa, ela é uma oportunidade para você se expressar e dar o seu
melhor.

O fato é que existe trabalho a ser feito. E você tem uma escolha: pode
encará-lo como uma irritação, e atormentar-se enquanto o faz, ou
enxergá-lo como uma oportunidade de alcançar a excelência e
sentir a satisfação de ter criado algo valioso.

Extraído de Diabetes Online

O melhor que a vida tem a lhe oferecer.

"Você merece o melhor que a vida tem a oferecer. Ninguém é melhor que você ou merece mais que você. Você tem todas as razões para esperar o melhor. Ter o melhor de tudo requer que você dê o seu melhor.
Aproveite a oportunidade que existe em cada momento. Use suas habilidades, seu conhecimento, seus recursos e seu tempo para criar valor. Você está sendo continuamente desafiado. instantemente lhe é oferecida a chance de desempenhar o seu melhor e viver à altura do seu potencial.
Saiba reconhecer as possibilidades que cada dia lhe oferece. Mesmo nas piores decepções, existem oportunidades, aprendizado e esperança. Recuse-se a aceitar um "não" como resposta. Você merece o melhor. E você deve isso a si mesmo, para tornar-se ainda melhor.
Esforce-se em cada respiração, cada palavra, cada passo, cada gesto,para corresponder às suas potencialidades. Seja melhor do que ontem, melhor do que há um minuto."

Autor Anônimo
Extraído de Diabetes Online

Amuleto

Um granjeiro pediu certa vez a um sábio que o ajudasse a melhorar sua granja, que tinha baixo rendimento. O sábio escreveu algo em um pedaço de papel, o qual foi colocado numa caixa. Ao entregá-la ao granjeiro, disse:
- Leva esta caixa por todos os lados de sua granja, três vezes ao dia, durante um ano.
Assim fez o granjeiro. Pela manhã, ao ir ao campo, levando a caixa consigo, encontrou um empregado dormindo, quando este deveria estar trabalhando. Acordou-o e chamou sua atenção. Ao meio-dia, quando foi ao estábulo, encontrou o gado sujo e os cavalos ainda sem sua alimentação.
E à noite, indo à cozinha com a caixa, deu-se conta de que o cozinheiro estava desperdiçando os alimentos. A partir daí, todos os dias, ao percorrer sua granja de um lado para outro com seu amuleto, encontrava coisas que deveriam ser corrigidas.
Ao final do ano voltou a encontrar o sábio e lhe disse:
- Deixe esta caixa comigo por mais um ano. Minha granja melhorou o rendimento desde que estou com o amuleto. O sábio riu e, abrindo a caixa, disse: - Podes ter este amuleto pelo resto da sua vida.
No papel havia escrito a seguinte frase: “Se queres que as coisas melhorem, deves acompanhá-las de perto constantemente”.

Autor Anônimo

Extraido de Diabetes online

Falando de distâncias entre corações.

Um dia, o pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
- "Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?"
- "Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
- "Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado?" Questionou novamente o pensador.
- "Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça." Retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
- "Então, não é possível falar-lhe em voz baixa?"
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então, ele esclareceu:
- "Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância, precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes, estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso,não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam es
tão próximas."
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
- "Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta".

Mahatma Gandhi
Contribuição de Carletto ao Programa de Qualidade de Vida da Embrapa Florestas

Faca cega

A faca mais perigosa é a cega, porque é a mais difícil de controlar.
Força bruta sem controle é ainda pior do que inútil: é destrutiva. Com o poder vem a obrigação de exercer o controle. Suas ações são muito poderosas, especialmente quando consideradas ao longo do tempo. As "pequenas coisas" que você faz, dia após dia, somam-se e têm uma grande influência no seu mundo.
Seus pensamentos são também poderosos. Tudo que você faz começa com um pensamento. Para usar sabiamente o poder dos seus pensamentos e ações, você deve exercer criteriosamente o controle. O poder de seus pensamentos e ações está ali. Seu trabalho é controlar e dirigir esse poder. Sem esse controle você trabalha contra si mesmo.
Focalizando o controle, você pode alcançar uma incrível satisfação. Controle e equilíbrio podem ser a chave da sua felicidade e sucesso.

Extraído de Diabetes Online

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Miséria e pobreza

"Somos hoje mais de 6 bilhõies de habitantes na Terra. Segundo o Banco Mundial, 1 bilhão e 200 milhões vivem abaixo da linha da miséria. Ou seja, possuem renda per capita mensal de, no máximo US$ 30. E 2 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza, ou seja, renda per capita mensal de no máximo US$ 60, ou US$ 2 por dia. Isto significa que dois terços da humanidade vivem abaixo da linha da pobreza."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 9

Cultura e entretenimento

"Cultura é tudo aquilo que engrandece o nosso espírito e a nossa consciência. Entretenimento é o que agrada aos nossos sentidos."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 48-49

A cabeça e os pés

"O princípio epistemiológico fundamental da educação popular é este: a cabeça pensa onde os pés pisam. É muito difícil eu entender o mundo do outro, se não tiver nenhuma referência daquele mundo."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 48

Discordar contruindo

"É perfeitamente possível discordar construindo, mantendo sua identidade intelectual própria, sustentando suas premissas próprias, oferencendo um testemunho claro de que um eventual oponente não é um obrigatório inimigo, numa demonstração de que a civilidade, a cordialidade são substratos socioafetivos essenciais para as idéias criativas e o verdadeiro diálogo. Educar para a diversidade e para a complexidade, no ambiente da cordialidade civilizatória."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 44

A visão

De acordo com Plotino "o olho não vê aquilo que o espírito não sabe."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 43

Educar

De acordo com Dewey "Educar significa enriquecer as coisas de significado. Portanto, o problema essencial é educar o gosto e atribuir sentido às coisas, enriquecê-las de significados."

Dewey em: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 42

Subalternidade

"Nos países pobres, os shopping centers distribuem ilusões de riqueza e demonstração de subalternidade."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 40

Sociedades

"Industrial é uma sociedade em que o centro do sistema é ocupado pela produção em grande escala de bens materiais (automóveis, eletrodomésticos, etc.) e em que o poder, consequentemente, está nas mãos dos empresários industriais. A sociedade pós-industrial, ao contrário, é aquela em que o poder está na produção dos bens imateriais, isto é, das informações, dos serviços, dos símbolos, dos valores, da estética."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 38-39

Poder

"Ter poder hoje, significa ter a força de planejar o próprio futuro e infligí-lo também aos demais."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 24

Programação

"A programação é determinada pelos futuros pré-escolhidos e pela supressão de futuros não - desejados. É a aplicação de todas as nossas energias para o futuro desejado. Então programação significa duas coisas: significa a escolha de um futuro e a negação de todos os outros futuros possíveis."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 23

A cultura

"A cultura é o produto da obra humana, pois nada está determinado."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 17

A alma, a mente, a mão

"Quando a alma é bela, a mente é justa e a mão é hábil."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 12

Diálogos Criativos

"Aqueles em que as diferenças realmente cabem, testemunhando aceitação da distinção como requesito essencial da identidade. Permitindo a coexistência, esse único sinal da civilidade na igualdade. Onde não couber distinção haverá extinção."

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 11

Excesso e exagero

Em excesso, o cálculo pode tornar-se solidão. Exagerada, a esperança pode chamar-se ingenuidade.

In: Diálogos criativos: Domenico De Masi & Frei Beto; mediação e comentários de José Ernesto Bologna. Rio de Janeiro : Sextante, 2008. p. 9

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Livre-arbítrio

O discurso dos que se fazem de vítimas é a verdadeira causa de incapacidade das mentes e espíritos dos jovens. Ensinar-lhes que suas vidas são governadas não por suas próprias ações, mas pelas forças socioeconômicas, pelas políticas econômicas do governo ou por outras forças misteriosas e diabólicas que não podem ser controladas significa ensinar a nossos filhos o negativismo, a resignação, a passividade e o desespero.

Louis W. Sullivaan


Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. p. 62

Desistir? Nunca!

Na vida de quase todas as pessoas extraordinárias é possível encontrar ótimas desculpas para que tivessem desistido - a cegueira de Milton, a surdez de Beethoven, a paralisia de Pasteur, a tuberculose de Robert Louis Stevenson, a loucura da adorada esposa de Thackeray. Ao ler uma biografia, acabamos concluindo que as coisas mais valiosas na vida humana começaram quando alguém teve a coragem de jogar fora uma boa desculpa.

Harry Emerson Fosdick

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. p. 61-62

Insuportável lamento

Um lamento que não consigo suportar é o deplorável e patético grito "Bem, eu sou assim!" Poupe-me de seus discursos. Já os ouvi de muitas pessoas que queriam pecar e chamavam seus desejos de impulsos.

Jeffrey R. Holland

In: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. p. 61.

Nova obscenidade

Eu a chamo de a Nova Obscenidade. Não é um palavrão, mas uma declaração frequentemente repetida que atinge o verdadeiro âmago da nossa humanidade. São quatro palavras: "Não consigo me controlar".
Essa filosofia vê o ser humano como um organismo atacado por forças biológicas e sociais em vez de considerá-lo um agente com livre-arbítrio. Vê os ofensores não como pecadores ou criminosos, mas como "doentes". Ao ignorar a idáia de que as pessoas enfrentam tentações que podem - e deveriam - ser repelidas, ela nega a verdadeira qualidade que nos distingue dos animais.

William Lee Wilbanks

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. p. 61.

domingo, 29 de junho de 2008

A CULPA É DO OUTRO

"Aquele que não consegue dançar coloca a culpa no chão."

Provérbio chinês

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Sextante. 2008. p. 61

ASSUMIR O CONTROLE

"Mesmo que esteja na pista certa, você será atropelado se apenas ficar sentado lá."

Will Rogers

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Sextante, 2008. p. 53

NINGUÉM É DE TODO POBRE

"Nenhum homem é tão pobre que não tenha nada de valor para dar. Da mesma maneira, os pequenos riachos das montanhas poderiam dizer que não têm nada a dar para o mar porque não são rios. Dê o que você tem. Para a pessoa que receber, isso talvez seja melhor do que você ousaria imaginar".

Henry Wadsworth Longfellow

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Sextante. 2008. p. 46

SINGULARIDADE

"Não importa quem você é, há sempre alguém mais jovem que o considera perfeito. Existe um trabalho que nunca será feito se você não o fizer. Existe uma pessoa que sentiria a sua falta se você partisse. Existe um espaço que só você pode preencher."

Jacob M. Braude

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Sextante. 2008. p. 45


Nenhum homem é tão pobre que não tenha nada de valor para dar. Da mesma maneira, os pequenos riachos das montanhas poderiam dizer que não têm nada a dar para o mar porque não são rios. Dê o que você tem. Para a pessoa que receber, isso talvez seja melhor do que você ousaria imaginar."

Henry Wadsworth Longfellow

Em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 46

AMOR PRESENTE

"Não é o amor que deixamos de receber no passado que nos aprisiona, e sim o amor que não damos no presente."

Marianne Williamson

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. p. 41

SUPREMO TESTE DA CONSCIÊNCIA

"O supremo teste da consciência de uma pessoa pode ser sua disposição para sacrificar alguma coisa hoje em nome das futuras gerações, cujas palavras de agradecimento ela não ouvirá."

Gaylord Nelson

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008, p. 33

VIDA: TOCHA ESPLÊNDIDA

Quando morrer quero estar totalmente consumido, porque quanto mais trabalho mais amo. Eu me alegro com a vida pela vida em si. A vida para mim não é uma vela curta; ela é uma tocha esplêndida que seguro por um instante e que quero fazer brilhar com o máximo de intensidade antes de entregá-la às futuras gerações.

George Bernard Shaw

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008, p. 33

SACRIFÍCIO

"Aliviar a angústia de outra pessoa é esquecer a própria."

Abraham Lincoln

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008, p. 29

"Quando morrer, quero estar totalmente consumido, porque quanto mais trabalho mais amo. Eu me alegro com a vida pela vida em si. A vida para mim, não é uma vela curta; ela é um tipo de tocha esplêndida que seguro por um instante e que quero fazer brilhar com o máximo de intensidade antes de entregá-la às futuras gerações."

George Bernard Shaw

Em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 33


"O supremo teste da consciência de uma pessoa pode ser sua disposição para sacrificar alguma coisa hoje em nome das futuras gerações, cujas palavras de agradecimento ela não ouvirá."

Gaylord Nelson

Em, Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 33

TER SUCESSO

Rir frequentemente e muito; obter o respeito das pessoas inteligentes e a afeição das crianças; receber a admiração de críticos sinceros e suportar a traição de falsos amigos; admirar a belezsa, descobrir o que há de melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja através de uma criança saudável, de um canteiro de jardim ou da ajuda a um necessitado; saber que pelo menos uma vida respirou com mais facilidade por você ter existido. Para mim, isso é ter sucesso.

Ralph Waldo Emerson

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008, p. 27

CONTRIBUIÇÃO

Todos os sere humanos deveriam se esforçar para saber, antes de morrer, do que estão fuginfo, para onde estão correndo e por quê.

James Thurber

Em: Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro: Sextante, 2008, p. 18