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sábado, 26 de julho de 2008

Prioridades

Alguém me perguntou outro dia se, podendo viver de novo, eu mudaria alguma coisa. "Não", respondi. Mas aí comecei a pensar...
Se pudesse viver outra vez, falaria menos e escutaria mais.
Convidaria amigos para jantar, mesmo com o tapete manchado e o sofá desbotado.
Reservaria um tempo para ouvir meu avô falar de sua juventude.
Queimaria a vela cor-de-rosa esculpida como flor antes que ela se derretesse no depósito.
Eu me sentaria na grama com meus filhos e não me preocuparia com as manchas deixadas em minha roupa.
Teria chorado e rido menos vendo televisão - e mais vendo a vida.
Teria partilhado mais a responsabilidade assumida por meu marido.
Iria para a cama quando estivesse doente em vez de fingir que o mundo entraria em parafuso se eu não estivesse lá naquele dia.
Jamais compraria alguma coisa só por ser prática, imune a manchas e com prazo perpétuo de garantia.
Em vez de rejeitar o fardo de nove meses de gravidez, desfrutaria cada momento e compreenderia que a maravilha crescendo dentro de mim era minha única chance na vida de assistir a um milagre divino.
Quando meus filhos corressem impetuosamente para me beijar, eu jamais diria: "Depois. Agora vou tomar banho para o jantar"
Eu diria mais vezes "eu te amo" e "me desculpe". Mas sobretudo, se eu pudesse viver de novo, agrarria cada minuto, o olharia com a maior atenção, o viveria plenamente e jamais o devolveria.

De Erma Bombeck em Stephen R. Covey. A grandeza de cada dia. Rio de Janeiro. Editora Sextante, p. 251

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